Quadro de palestras

23 DE SETEMBRO – MESAS REDONDAS

Uma das atividades do I Seminário Internacional: Patrimônios, Construções Participativas e Multivocais é a organização de Mesas com pesquisadores, gestores públicos e representantes comunitários para a discussão de temas relativos ao patrimônio material e imaterial no Brasil e em outros países ibero-americanos. Seu objetivo é criar plataformas para a interação entre os pesquisadores convidados pelo CYTED, pelos pesquisadores/professores das universidades brasileiras e as comunidades que são as depositárias ou os detentores dos patrimônios materiais e imateriais. Acredita-se formar, nesse viés, possibilidades de diálogos que possam gerar outras parcerias e pesquisas. Para aqueles que não puderam comparecer às mesas, haverá transmissão online.

O evento é aberto ao amplo público mediante inscrição prévia através do formulário:

https://docs.google.com/forms/d/1zhYQKC2nwuiOj1b9X_04frANL9y96dBrlyx8eznK96I/viewform

PROGRAMAÇÃO


8h – Abertura dos trabalhos


Prof(a). Dr(a). Aline Vieira de Carvalho – Lipac/Nepam/IFCH – Unicamp

Prof(a) Dr(a). Célia Futemma – Lipac/Nepam – Unicamp

Prof. Dr. Jansle Rocha – Nepam – Unicamp


8h30 – 10h – Mesa 1: Gestão Pública dos patrimônios


Lúcia Reisewitz – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, é o órgão responsável pela coordenação da Política e do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural e, por isso, capaz de identificar, de produzir e de difundir referências para a preservação do patrimônio cultural no plano nacional e internacional. Nesta mesa, Lúcia Reisewitz vai discutir os critérios adotados no processo de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro e indicar exemplos de ações do IPHAN para fortalecer as identidades e garantir o direito à memória das comunidades envolvidas.

Cristina Meneguello – Profa. Dra. Departamento de História – Unicamp          

A professora Cristina Meneguello irá apresentar um panorama das políticas públicas sobre patrimônio no Estado de São Paulo, baseada em sua experiência como conselheira do CONDEPHAAT. A partir de sua atuação como historiadora do patrimônio industrial, buscará refletir sobre as manifestações plurais dos patrimônios, e suas mobilidades representacionais no período contemporâneo. Desde uma perspectiva dialógica, irá discorrer sobre como os patrimônios remetem à própria constituição do campo, as intervenções políticas, culturais e sociais de autores e grupos sociais no domínio do espaço público; refletindo sobre suas origens políticas e institucionais, sua refração junto às práticas sociais e a investigação dos patrimônios histórico, artístico, industrial, moderno, intangível, assim como para a reflexão sobre os modos de constituição dos acervos, de valorização e criação de passados possíveis.

Sonia Fardin – Museu da Imagem e do Som – MIS/Campinas

O Museu da Imagem e do Som é uma instituição que desde sua criação vem preservando e difundindo um importante acervo de memória audiovisual da cidade de Campinas. Abrangendo setores de Vídeo e Áudio, Fotografia, Música, Cinema, Objetos Tecnológicos, Educação Patrimonial, acompanha a tendência geral do papel que os museus ocupam atualmente na sociedade, atuando como microcosmo social e possibilitando conhecimento à sociedade através da valorização de múltiplas atividades.

Mediação: Prof(a). Dr(a)Célia Futemma (UNICAMP)


10h – Coffee break


10h30 – Mesa 2: Experiências Comunitárias


Raquel Pasinato – ISA (Instituto Socioambiental)

A bióloga e coordenadora do Programa Vale do Ribeira do Instituto Sócio Ambiental, Raquel Pasinato, buscará debater a temática da gestão pública do patrimônio a partir do trabalho conjunto com o terceiro setor na organização de territórios quilombolas do Vale do Ribeira – São Paulo. Apresentará a experiência de construção do Planejamento Territorial Participativo e do Inventário Cultural de Quilombos do Vale do Ribeira, entre eles Abobral (Margem Esquerda), Bombas, Cangume, Galvão, Ivaporunduva, Mandira, Maria Rosa, Morro Seco, Nhunguara, Pedro Cubas, Pedro Cubas de Cima, Pilões, Porto Velho, Praia Grande, São Pedro, Sapatu.

Sr. Benedito Alves da Silva – Comunidade Quilombola de Ivaporunduva

O Sr. Benedito, conhecido como Seu. Ditão, é uma liderança antiga, respeitada e ativa presente nas comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira no estado de São Paulo. Seu. Ditão vai contar sua experiência na comunidade de Ivaporunduva com a atividade turística, através da qual resgatam-se tanto a valorização dos patrimônios materiais e imateriais da comunidade como as memórias coletivas e históricas de formação das comunidades e dos territórios Quilombolas, a partir dos ancestrais Africanos e ex-escravos.

Adriana de Souza Lima – Comunidade Caiçara da Juréia

Adriana considera-se nativa dos povos caiçaras e luta pela permanência e existência das comunidades caiçaras localizadas no litoral sul do estado de São Paulo, mais especificamente na Estação Ecológica da Juréia. É atualmente Presidente da União dos Moradores da Juréia que luta pela preservação de identidade caiçara em todas as suas manifestações culturais (música, danças como o fandango), sociais e proteção do patrimônio ambiental. Em sua fala, ela dissertará sobre a experiência dela e dos líderes locais na busca pelos direitos aos territórios caiçaras de modo a preservar os modos de vida tradicional dessas comunidades costeiras.

Mediação: Prof(a). Dr(a). Cristina Meneguello (UNICAMP)


12h Almoço


 14h – Mesa 3: Diálogos entre Teoria e Prática


Maria Tereza Duarte PaesDepartamento de Geografia, do Instituto de Geologia – Unicamp

A geógrafa e professora Maria Tereza Duarte Paes vai apresentar uma proposta de abordagem geográfica do patrimônio cultural, que para essa pesquisadora, engloba o patrimônio natural, o material e o imaterial. Ela vai discutir alguns exemplos de processos de patrimonialização nas últimas décadas, no Brasil, buscando mostrar que as políticas de imagem utilizadas no planejamento territorial para a promoção das cidades, muitas vezes acabam por fortalecer a estetização do patrimônio cultural como produto turístico, em detrimento de estratégias de desenvolvimento local para as populações envolvidas.

Alessandra R. Gama  Instituto Baobá de Cultura e Arte – Ponto de Cultura e Memória Ibaô.

Alessandra Gama  é coordenadora do Instituto Baobá de Cultura e Arte – IBAÔ. O Ibaô é um Ponto de Cultura que atua em ações culturais de pesquisa e difusão da capoeira e outras expressões de matriz africana; e membro do Coletivo Salvaguarda da Capoeira de Campinas. Trata-se de um patrimônio cultural da humanidade, que, além do reconhecimento internacional, tem no histórico recente, a conquista de políticas específicas no âmbito municipal. A pesquisadora vai apresentar as experiências em curso, em diálogo com a ações que transversalizam a instituição e o coletivo, abordando a importância das ações coletivas e em rede.

Jorge Eremites de Oliveira – UFPEL

O pesquisador vai apresentar as contribuições da arqueologia, especialmente do subcampo da etnoarqueologia, para a produção de laudos antropológicos judiciais sobre terras indígenas. Sua experiência em estudos sobre as terras indígenas Buriti (Terena) e Ñande Ru Marangatu (Kaiowá), servirão de base para discussões teórico-metodológicas que chamam a atenção para a materialidade da ocupação indígena nessas áreas, especialmente para compreensão dos antigos sistemas de assentamentos dessas comunidades na região.

Mediação:  Prof(a). Dr(a). Iara Lis Schiavinatto   (UNICAMP)


15h Coffee break


16h – Mesa 4: Desafios e Oportunidades para o Futuro dos Patrimônios


Mariana Petry Cabral – Núcleo de Pesquisa Arqueológica, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA/Diretoria SAB

A história da pesquisa arqueológica na Amazônia remonta ao século XIX, trazendo desde aquele tempo um ávido interesse principalmente pelas coleções cerâmicas ricamente decoradas que são encontradas por toda a região. Apesar desta longa história, foi principalmente na última década que pesquisadores voltaram-se aos interesses, curiosidades e percepções das populações locais sobre estes achados. Este interesse de pesquisa, seguindo um movimento global de discussões sobre o acesso da sociedade sobre o conhecimento científico, tornou aparente na Amazônia uma série de outros modos de conhecer as materialidades do passado, colocando em xeque noções enraizadas na prática científica da arqueologia, como ‘preservação’, ‘curadoria’ e mesmo ‘sítio arqueológico’. A partir destes outros modos de conhecer, especialmente embasada na recente produção de arqueologias etnográficas na Amazônia, busco sintetizar as amplas diferenças entre o saber científico e os saberes locais, ressaltando a riqueza das diversas formas de expressão sobre as materialidades do passado que estão disponíveis entre populações vivas na Amazônia

Alessandra Ribeiro – Fazenda Roseira

Alessandra é coordenadora geral da Casa de Cultura Fazenda Roseira, em Campinas. A Fazenda é um centro de referência regional sobre o jongo, expressão que mescla percussão e dança coletiva. Trata-se de um patrimônio imaterial cultuado ao longo da história, nos quintais das periferias urbanas e em comunidades rurais do sudeste brasileiro. A pesquisadora vai apresentar o projeto da Casa de Cultura, seus objetivos e importância na preservação da cultura afro na cidade de Campinas.

Camilo de Mello Vasconcellos – Museu de Arqueologia e Etnologia  (MAE) – USP

Professor de Museologia do MAE-USP. Atua no Programa de Pós-graduação do MAE USP como Professor e Orientador. Professor convidado dos cursos de Mestrado em Museologia da Universidade Nacional da Colômbia e do Instituto Nacional de Antropologia e História do México.

Mediação: Prof(a). Dr(a). Aline Vieira de Carvalho (UNICAMP) 


18h – Conclusão e encerramento dos trabalhos

Prof(a). Dr(a). Aline Vieira de Carvalho – Lipac/Nepam/IFCH – Unicamp

Prof(a) Dr(a). Célia Futemma – Lipac/Nepam – Unicamp

Prof (a). Dr(a). Camila Gianotti – Universidade de la República, Uruguai, Rede Trama 3


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